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Mais um inocente tem morte ligada ao futebol...Segue o jogo.

por Tarso Duarte em 05 de Abril de 2016 09:24


É mais um motivo para o esvaziamento dos estádios. Além dos altos preços e maus-tratos recorrentes, o futebol brasileiro está infectado com a violência, que já é algo comum no dia-a-dia.
 
Um punhado de bandidos, sem ter o que fazer em dias de jogos, se infiltram em torcidas organizadas, e com o objetivo de resolver rixas de bairro, ou apenas com a intenção de ferir alguém e procurando um motivo, sei lá, fazem com que seja normal a morte de um senhor com 60 anos atingido por um disparo de arma de fogo na estação do metrô, em confronto de corintianos e palmeirenses.
 
A loucura do fato é que o autor, que provavelmente nunca saberemos quem é, o fez já com um sentimento de saber da impunidade que estava à frente. Além de contar com os ‘parças’ para guardarem segredo sobre o disparo, ele tem o conhecimento de que caso seja filmado, algo tão comum na atualidade, ainda deve ter apoio jurídico do clube ou ainda da sua gigante torcida. E daí que pode atingir alguém que não é da organizada rival? Bang!
 
A cada fato, briga generalizada, morte, os apaixonados pelo futebol lamentam e se revoltam. Não por que trabalham e vivem do esporte, mas por que o esporte no Brasil representa justamente o contrário da violência.
 
O Esporte é uma das principais vias de fuga que milhões de crianças espalhadas pelo país têm para evitar a entrada no mundo do crime, das drogas ou do que quer que seja que um ser humano em formação deva ficar longe, mas que tem em todas as esquinas da pátria.
 
E o esporte está cada vez mais ligado à violência, e não há movimentação efetiva para que as pessoas ligadas a esses atos violentos tenha tratamento de bandido, que é o que eles são. Parece que o futebol tem sido um mundo à parte, em nome do seu clube você pode fazer e acontecer, com sua pena sendo mais branda.
 
O fato do último final de semana foi em São Paulo, mas tem que servir de alerta para as autoridades baianas.
 
Não tem muito tempo marginais assassinaram o puxador da torcida Os Imbatíveis, os possíveis responsáveis foram presos e aguardam o julgamento, em liberdade. Os ‘parças’ outro dia fizeram até música comemorando o fato de terem matado o filho de alguém.
 
Os verdadeiros torcedores, até integrantes de organizadas, também precisam se movimentar. Aqueles que têm consciência de que a rivalidade fica dentro de campo, precisam ou censurar ou dedurar esses marginais, e a justiça precisa manter esses animais em uma cela durante os jogos, eles vão de encontro ao maior bem do futebol, as crianças, os futuros torcedores.
Claro que muitos não deixam de levar seus filhos, sua família pra os estádios. Mas existe alguma dúvida de que um número grande de torcedores, principalmente crianças, deixam de ir junto com os pais para os jogos por causa da violência.
 
Os estádios já estão esvaziados, e assim como medidas descabidas como cobrar ingresso de uma criança de dez anos, os dirigentes do futebol, não só baiano, estão jogando contra o futuro do clube que representam, quando fazem qualquer tipo de defesa os marginais infiltrados nas organizadas.
 
Em tempo
 
Já que o assunto fala muito de torcida organizada, faço questão de me posicionar. Não sou a favor do fim delas, nem sou a favor de clássicos com torcida única. Essas medidas vão de encontro ao que o esporte e a competição representam, na minha visão.
 
Como era possível ter clássicos na Fonte Nova com mais de 70 mil pessoas com uma divisão de torcidas tendo 60/40% de proporcionalidade?
 
Cabe a quem cuida da segurança, erradicar do ambiente desportivo essas maçãs podres. Não é difícil conseguir as identidades deles.


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