O Vitória não é o único. Muitos são os clubes grandes que se submetem aos desejos do poderoso grupo que comanda o futebol brasileiro, para garantir, supostamente, melhores acordos financeiros e ‘força política’, seja lá o que isso signifique na entidade comandada por um senhor que não sai do Brasil com medo de ser preso.

O Vitória, no entanto, parece ser o único dos ‘chegados’ que é tão prejudicado, na sua casa, neste Brasileirão.

Além da covardia ineficaz deixada com herança por Argel, o rubro-negro sofreu e continua sofrendo, como ficou provado mais uma vez nesta quinta-feira (12), com uma má vontade que beira o absurdo de quem quer que seja o árbitro ‘sorteado’ para vir ao Barradão.

O absurdo lance de David, em que foi assinalado impedimento no primeiro tempo da partida contra o Sport, não foi nem o primeiro nem o segundo em que o Leão foi prejudicado na competição, onde na briga contra o rebaixamento, cada lance, cada ponto, pode ser crucial ao fim das 38 rodadas.

Um exemplo está bem ao lado, no arquirrival Bahia. Ciente da péssima qualidade na arbitragem, a direção tricolor montou até esquema para ficar próximo do vestiário ocupados pela arbitragem nas partidas da Fonte Nova. Coincidência ou não, o tricolor conquistou pontos importantes através de pênaltis assinalados já no fim das partidas.

Mesmo sem a chamada força política por ter rompido com a Globo, o Bahia condicionou a arbitragem ao menos a ficar ‘ligada’ nos jogos. O Vitória, por sua vez, tem seus dirigentes assistindo, de camarote, pontos que deixam de ser somados indo para rivais na briga contra o rebaixamento, que mais uma vez parece se aproximar do Barradão rapidamente.

Se a direção do clube não se manifestar, não ‘chiar’, e rápido, os erros vão continuar ocorrendo. Além de arbitragem da Fifa a pressão sobre a arbitragem no Barradão precisa acontecer, não para que o rubro-negro seja favorecido, mas para que ao menos deixe de ser seguidamente garfado, ainda mais  em momento que conta com um time pouco capaz de produzir.