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Incoerência e mentira, os problemas do Bahia

por Leonardo Barbosa em 18 de Julho de 2009 10:00

Buscando o significado da palavra incoerência, cheguei à conclusão de que ela traduz a idéia de incerteza, ou seja, o ato de dizermos uma coisa num momento, e no momento seguinte dizermos outra coisa. Indaguei-me: Seria sinônimo de mentira? Se não conseguimos manter a coerência em algo, porque mentimos acerca desse assunto, somos duplamente tolos? Primeiro, porque mentimos, segundo, porque não sabemos mentir?

 

Acho que é justamente isso que se passa pelo Bahia hoje: mentiras e incoerências.

 

Depois de amargamos a perda do título baiano (coisa que já é normal), a torcida do Bahia, repleta de esperanças, principalmente pelo fato do governo estadual ter nos cedido um novo estádio, realmente acreditava que o ano de 2009 seria o ano da mudança, do ressurgimento. A “nova” diretoria, o novo estádio e a sempre nova esperança, que nos toma conta sempre no início de cada campeonato, deixou que ficássemos ainda mais confiantes na retorno à série A, nosso principal objetivo.

 

Se não bastasse os tropeços administrativos das gestões passadas, o “novo” presidente Marcelinho Guimarães, contrariando o bom senso, a lógica e, sobretudo, a paixão pelo Bahia, contrata o maior símbolo da torcida rival, o maior torcedor do vitória que já existiu (O Binha de São Caetano de Canabrava), Paulo Carneiro. Porém, a torcida do Bahia, esperançosa (ou idiota) que é, ainda continuava acreditando.

 

Primeiro, o Bahia anunciou oficialmente através do seu site, a contratação de 4 jogadores: Jael, Fabiano, Fábio Junior e Jashmani. Nenhum deles sequer estreou. Pura mentira. Outros, como Luciano Henrique, Lúcio Flávio, Ramon Menezes, Zé Roberto, eram especulados pela própria diretoria como próximo reforço. Mais uma mentira.

 

Nós, esperançosos e idiotas, ficamos em casa, na rua e até no trabalho, acompanhando e acessando o site oficial por minuto (sem hipérbole alguma) à espera do anúncio oficial (que, como vimos, não é garantia de contratação no Bahia) de qualquer jogador mediano desse. É triste.

 

Realidade é que, já se passou da 10ª rodada, do campeonato brasileiro da série b, e o Bahia não conseguiu trazer um meia com nível mediano. Lúcio Flávio, por exemplo, não veio pois, segundo a direção, ganhava o “absurdo” de R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil reais). Ora, se somarmos os salários de Helton Luís, Alex Maranhão, Joelson, Alex Terra, Lima, Cadu, Ernani, Rubens Cardoso, Evaldo, Paraíba e outros, certamente alcançaria o valor do salário de Lúcio Flávio. Além de que, com o jogador do nível mediano como Lúcio Flávio, a esperançosa torcida do Bahia, certamente encheria ainda mais PituAÇO.

 

Na minha opinião, é simples assim. Uma pessoa que é contratada para ganhar 40 mil por mês não conseguir enxergar isso é, no mínimo, incompetente.

 

Após a perda do baiano, sermos humilhados pelo Brasiliense, América de Natal, São Caetano, a diretoria decide triplicar o preço dos ingressos. Antes, na Fonte Nova, era R$ 10,00, agora é R$ 30,00. Ora, o Bahia não subiu para série A, não investiu 1 centavo na construção de Pituaçu, não contratou um jogador de nível mediano e, ainda, aumentou os preços do ingressos. Somos mesmos idiotas.

 

Não vamos esquecer da “grande” jogada de marketing do Bahia, ao enfeiar completamente o escudo do esquadrão, que era a única coisa que se manteve intacta na última década de sofrimento. Era.

 

São algumas mentiras, outras incoerências, muita incompetência. A realidade é que, nós torcedores de alma, nos sentimos cada vez mais impotentes diante de tudo. Encontrei as palavras como meio de expor a minha indignação. Peço que você torcedor encontre a sua forma de mostrar a sua insatisfação. Mas, por favor, não mantenha-se omisso.

 

 

Leonardo Barbosa, 27 anos, advogado.

E-mail: [email protected]


Enviado pelo email [email protected]


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