O clássico volta a ser decisivo para o Bahia, como tem ocorrido nestes últimos tempos, dada a inconsequência tricolor, que tem acumulado incertezas e erros de previsão praticamente em todas as competições dos últimos dez anos.

 

Com quatro pontos apenas em três jogos realizados, a única vantagem do Bahia é que caiu em um grupo fraco, cujos concorrentes também vacilam em seus intentos – e, por  outra coincidência, quase todos os seus jogos serão em Salvador, não havendo a necessidade de muitas viagens distantes, apenas em Vitória da Conquista, não indo a  Juazeiro e Teixeira de Freitas, porque Juazeirense e Serrano são seus companheiros de chave.

 

O clássico deste domingo, em Pituaçu, é uma difícil decisão para o Bahia: enfrenta o time de melhor campanha, o Vitória, que está com 100% de aproveitamento em três jogos, sendo que dois deles foram vencidos pela equipe reserva, pois o técnico Ney Franco tem dividido suas atenções entre o Estadual e a Copa do NE, agora quando o rubro-negro é o nosso único representante na competição nordestina. 

 

Claro que o Vitória deve fazer de tudo para ganhar, afinal há uma grande rivalidade em jogo. Mas é o Bahia que entra muito necessitado, sob pena de ter comprometida até a a vaga para as semifinais do Estadual.

 

Pior de tudo é que os nervos tricolores estão à flor da pele. No jogo contra o Conquista, quando só conseguiu empatar (1x1) já nos acréscimos, a torcida praticamente gritou durante todo o segundo tempo pela mudança de técnico, contratação de novos reforços, reconhecendo que as coisas continuam como antes.

 

Há até especulações de que um novo técnico – e o nome de Vagner Mancini foi bastante comentado -, estaria mantendo conversações com os dirigentes. Mas, ao final de tudo, o negócio se encaminha para uma nova oportunidade a Marquinhos Santos, que pode dizer se fica ou se sai através do resultado que obtiver.

 

Não se pode esconder a melhor forma do Vitória, um grupo mais ajustado, um time que não perdeu um ponto sequer em três rodadas do campeonato. Mas é um clássico e dele tudo pode se esperar. Nos últimos jogos dos dois times, pouca coisa mudou: o Vitória conseguiu a virada, em Juazeiro, mesmo com um time reserva e o Bahia só empatou às duras penas, já nos acréscimos, contra o Conquista, dentro da Arena Fonte Nova.

 

O que se pode antever é que o campeonato começa a ter um desenho muito prático a partir deste domingo: ou o Bahia endurece e equilibra as coisas ou o Vitória dispara como candidato absoluto ao bicampeonato.