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A procura por um centroavante continua... mas começou tarde

por Tarso Duarte em 24 de Fevereiro de 2016 09:42


Ficou claro e evidente já no primeiro compromisso do ano. Era apenas um amistoso contra o chinês Tianjin Quanjian e os gols até saíram, mas até o trio formado por Raimundo Viana, Manoel Matos e Anderson Barros deve ter se entreolhado nos camarotes da Fonte Nova, percebendo a necessidade de contratar um camisa 9 para o time comandado por Mancini.
 
Mas ainda que aconteça, essa procura por um ‘matador’ começou no momento certo?
 
Com a temporada iniciada, ou prestes a começar, todas as equipes identificam ou estão identificando as deficiências nos times. Contando apenas a Série A, que é a realidade do Leão, será que só o Vitória busca um centroavante?
 
A concorrência e a urgência só irão deixar mais cara a contratação que chegar. Qualquer que seja, e ela vai ter que chegar, caso o título baiano seja realmente uma meta. Infelizmente terá que ser uma aposta, por que os bons nomes estão empregados e focados.
 
O último nome que dirigentes, e até nós jornalistas conseguimos imaginar, foi levado pelo Figueirense. Rafael Moura. Um jogador que deslanchou em algumas temporadas, mas teve uma passagem no Barradão que ficou longe de deixar saudades nos rubro-negros.
 
Os catarinenses serão rivais do Vitória na Série A. Se viram prestes a perder sua principal esperança de gols e tratou de utilizar os recursos disponíveis para ter no elenco um atleta que pelo menos tem um histórico de ‘matador’.
 
Essa urgência que tem feito parte do planejamento do Vitória é o grande problema. O clube não parece projetar as competições futuras, e lida apenas com o presente. A procura, pesquisa, conversas por um camisa 9 já tinham que ter começado muito antes da Série B terminar. Era notório que o time que conseguiu o acesso não era qualificado o suficiente para jogar a Série A.
 
E esse time que não era qualificado o suficiente ainda perdeu, e muitas, peças importantes.
 
O exemplo está logo ao lado, no arquirrival Bahia. Será que a direção tricolor começou a conversar com Hernane quando a Série B acabou? O Brocador não é unanimidade nem entre os torcedores tricolores, mas já mostrou em poucos jogos que sabe da posição: tanto para fazer gols quanto para armar jogadas para os companheiros que chegam de trás.
 
O Vitória não tem esse tipo de jogador. Não tem a opção de jogar assim, de variar a tática.
 
Mesmo animada com o acesso para a primeira divisão, a torcida do Vitória já percebeu essa deficiência e já deu início às criticas no Barradão. Os rubro-negros conseguem perceber que os adversários do Campeonato estão conseguindo se mostrar mais frágeis do que em 2015, o que talvez facilite o caminho do Leão para garantir vaga na Copa do Nordeste de 2016, mas esse não é o maior objetivo da temporada.
 
O mais incrível é que os dirigentes até falam que o time da Série A deve ser diferente, mas a primeira divisão não é que nem a Série B, onde o Leão se reforçou bem em 2015 e conseguiu o acesso.
 
Os outros times da primeira divisão estão se reforçando e formando seus elencos agora, e chegarão prontos para o Brasileirão. O Vitória, ao que tudo indica, ainda vai ser uma equipe em formação.
 
Agindo no presente, como se propõe, a direção do Vitória atua bem e até conseguiu bons nomes para substituir aqueles que saíram ao final da temporada. Com esse pensamento apenas no presente no entanto, é garantido que o rubro-negro dificilmente terá um início de temporada animador, mesmo disputando o fraco Campeonato Baiano.
 
Com essa mentalidade vai sempre haver uma lacuna, e uma lacuna preocupante. Basta ver a numeração fixa determinada pelo clube, onde a camisa 9 foi entregue a William Henrique...
 
Em tempo

Nesta procura por atacantes, Kieza voltou a ser ‘especulado’ para reforçar o time do Barradão. Esqueça esse nome torcedor. A não ser que aconteça uma reviravolta incrível, que poucas vezes se vê no futebol, K9 fica no São Paulo no mínimo até o final desta temporada.
 
O clube paulista investiu, e não foi pouco. Kieza ainda não teve chances reais no time e o São Paulo deve perder um dos titulares do time no meio da temporada.
 
Não há motivo para o São Paulo oferecer, ou sequer ouvir alguma proposta pelo jogador.


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