Melhor para o Bahia

por Edson Almeida em 25 de Fevereiro de 2014 01:14

O empate em 1x1 foi um resultado melhor para o Bahia, que até apertou mais no segundo tempo, quando fez o seu gol em falha imperdoável de quase toda defesa do Vitória, que foi dono absoluto das ações durante toda a primeira etapa, só lhe faltando mais objetividade para construir uma boa vantagem.

Na verdade, o técnico Marquinhos Santos pulou uma fogueira, pois se o panorama tivesse sido mantido após a volta do vestiário, a esta altura já teria sido demitido, o que não seria justo dada às carências de bons jogadores e melhor performance de Maxi Biancucchi, que se trata de um bom jogador, mas que no Bahia, em cinco jogos, ainda não convenceu como maior reforço da temporada.

O primeiro tempo, contudo, expôs um Bahia sem esquema tático, correndo pra lá e pra cá, sem vibração nas laterais e om uma transição muito deficiente, acumulando passes errados e até nervosismo, com a bola sempre escoando pelos lados do campo em tentativas de lançamentos. O único pecado do Vitória de Ney Franco foi não conseguir converter em gols a sua enorme superioridade.

É de se acreditar que a filosofia de jogo empregada por Marquinhos para o segundo tempo tenha sido aquela de “perdido por um, perdido por dez”, e aí o que se viu foi um Bahia mais afoito, sem as exageradas preocupações que trouxe para o clássico – e mesmo sem uma melhora tática muito acentuada, somou mais que o adversário e mereceu empatar.

O clássico, que muitos estão esculhambando pela falta de brilho, apresentou alguns aspectos importantes, dentre eles o que nossos dois times ainda precisam de bons reforços para não desapontar os torcedores na Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro, que começam já.

Ambos têm falhas no miolo da defesa, faltam dois bons armadores, daqueles que assumam o jogo e façam o ataque fluir em melhores condições de golear. Dos goleadores, Dinei é o melhor, pois Marcão foi apenas um lutador que se debateu o tempo todo contra as cordas do ringue.

Estão noticiando uma indisciplina da organizada do Vitória (Imbatíveis), que andou jogando pedras em um ônibus, mas ainda não se assemelha ao que tem acontecido nos clássicos dos grandes centros, portanto neste particular foi um Ba-Vi de boa participação das torcidas – a renda é que não atingiu o esperado, com pouco mais de 17.000 torcedores em Pituaçu.