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Diego Cerri fala sobre política de contratações do Bahia e planejamento do Sub-23 para 2019

por Rafael Machaddo Insta: @RafaelMachaddoGS em 17 de Outubro de 2018 00:00

O time Sub-23 do Bahia fez a sua estreia na temporada de 2018, mas apesar de algumas contratações e revelações, acabou eliminado na primeira fase do Campeonato Brasileiro de Aspirantes. Por outro lado, o presidente tricolor, Guilherme Bellintani, confirmou que a equipe Sub-23 irá disputar o Campeonato Baiano de 2019.

De olho na próxima temporada do Esquadrão de Aço, o Galáticos Online entrevistou o diretor de futebol do clube, Diego Cerri, com o objetivo de esclarecer como está o planejamento da equipe Sub-23 para o início de 2019. O dirigente também falou um pouco sobre a captação de novos atletas, além da política de contratações adotada.

Galáticos Online – Com a saída do Bahia do Brasileiro de Aspirantes, qual o atual panorama da equipe Sub-23, já visando a próxima temporada?

Diego Cerri – “Com a nossa saída do campeonato Sub-23, aqueles atletas que não conseguiram chegar à equipe profissional, alguns acabaram saindo do clube. Outros permaneceram e vão tendo algumas oportunidades. Recentemente foi o Ignácio que acabou entrando. O Ramires, que também estava no Sub-23, justamente para pegar maturidade, pois resolvemos acelerar os processos de alguns meninos. Então, ele (Ramires) pulou o segundo ano de juvenil, ficou no juniores e depois foi pro Sub-23. Isso trouxe uma bagagem para que ele pudesse jogar agora, assim como outros. Esses jogadores estão treinando junto com o profissional. Claro que a gente procura trabalhar com um grupo reduzido, para o Enderson poder colocar em prática os treinamentos sem um excesso de atletas... Em determinados treinos, nem todo mundo acaba participando de tudo... Mas eles estão junto com o grupo, trabalhando, e nós pretendemos dar continuidade a esse processo pro ano que vem”.

Galáticos Online – Sobre a formação do elenco Sub-23 para 2019, vocês pretendem fazer mais contratações, ou aproveitar os atletas vindos do Sub-20?

Diego Cerri - “Depende muito de oportunidades. Eu cito o caso do Ignácio. Recebi uma indicação de Sergipe, ele tinha jogado em uma equipe pequena do Rio Grande Norte, acabei vendo um material, trouxe para avalia-lo dentro do clube e acabou sendo uma contratação que pareceu interessante na hora. Ele foi respondendo e tem tudo para ficar com a gente pro ano que vem. Então, se aparecerem oportunidades boas, nós vamos estar sempre de olhos abertos para essa captação. É importante demais que a gente tenha esse protagonismo, principalmente aqui na região Nordeste, e possa, assim que despontar atletas de outras equipes, ter um contato com antecedência, e pelo menos ter a oportunidade de trazer o atleta pra que fique um tempo conosco. Isso significa que nós não vamos fechar a porta para qualquer tipo de captação, mas também prestigiar os nossos que vem subindo do Sub-20 e alguns do Sub-23 que já ficaram no clube. Inclusive, alguns que estão no profissional e que, de repente, estão jogando menos, também podem ser incorporados nesse grupo que vai disputar o Campeonato Baiano. Sem uma rigidez de determinar que tem que ser todo mundo Sub-23, mas com o princípio de que a gente não pode acumular tantos jogos para determinados jogadores durante o ano, porque isso pesa muito. Ao mesmo tempo, não podemos deixar de dar oportunidade para quem precisa jogar para ganhar mais espaço, aos poucos, dentro do clube. Isso não significa que nós estamos desprestigiando nenhuma competição. Muito pelo contrário. Nós estamos usando a competição de um jeito que o Bahia seja beneficiado”.

Galáticos Online – Sobre a comissão técnica que comandará o time que vai disputar o estadual. Já foi definida essa situação? Será mesmo o Cláudio Prates o treinador?

Diego Cerri - “Não. A gente ainda não definiu exatamente como vai ser. Estamos discutindo para ver o melhor formato, como se encaixa melhor, valorizando todos os atletas, valorizando a comissão técnica e valorizando o Campeonato Baiano ao mesmo tempo. Nunca vamos deixar de lado o Campeonato Baiano”.

Galáticos Online – Qual a importância do Departamento de Análise de Desempenho (DADE) para o departamento de futebol, não apenas internamente, mas também no trabalho de captação de atletas como Juninho, Zé Rafael, Gregore, etc.

Diego Cerri –Acredito que todos os clubes hoje em dia têm o seu Departamento de Análise de Desempenho, que trabalha, tanto internamente, pra analisar o adversário e a própria equipe, como também fazendo scout de todos os campeonatos. Isso tem se desenvolvido muito e é uma coisa muito necessária. O DADE sempre vai ser importante, porque é quem te dá, no dia-a-dia, as condições de analisar um atleta que você começa a buscar. Porque vai separar muito material, vai discutir junto e depois tem que tomar uma decisão. Quando você vê alguns atletas que chegam mais jovens, é óbvio que foram analisados centenas de jogadores, alguns interessantes, outros não, e você tem que tomar uma decisão. Vai errar em algum momento, vai acertar em outros, e eu acho que a gente tem tido uma tomada de decisão bem satisfatória até aqui”.

Galáticos Online – O Bahia tem mudado um pouco sua política de contratações nos últimos anos, deixando de ser um clube “barriga de aluguel”. Como se deu esse processo?

Diego Cerri – “Eu disse, desde a minha chegada, que não ia fechar os olhos para atletas mais experientes que tenham condições de jogar em alto nível, mas que eu achava que a gente tinha que investir um pouco em atletas ainda não tão renomados, mais jovens, de preferência, e que a gente pudesse trazer como ativos do clube, se possível. Acredito que, nesse momento, a gente tem apenas quatro atletas que não são ativos do clube, inclusive alguns com opção de compra não muito alta, que são acessíveis. Da equipe que vem jogando só o Léo, é o único atleta que não é nosso. Então, isso é uma política que você tem que estabelecer”.

Galáticos Online – Como você avalia essa filosofia de contratação adotada pelo clube nos últimos anos, onde o clube tem privilegiado mais os atletas emergentes?

Diego Cerri – “Me lembro bem de 2016 para 2017, quando a gente subiu, e a expectativa era muito alta em cima de nomes de impacto, e ali era um risco de você optar por uma política. O que você vai fazer no clube? O que é que nós temos condições de fazer financeiramente? O que pode trazer benefícios futuros pro clube sem perder a competitividade e o resultado imediato que o que a torcida espera e a gente também? Então, não é fácil, quando você tem pouco dinheiro, no Brasil, com a disparidade grande que tem entre os clubes, e nós vamos nessa caminhada aí. Primeiro objetivo nosso tem que ser mesmo permanecer na primeira divisão, temos a Copa Sul-Americana em paralelo ainda, para brigar e vamos brigar com tudo. E acho que a gente tem feito, no geral, um bom ano até aqui”.

Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia


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