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Renato Gaúcho, novo técnico do Bahia

por em 18 de Dezembro de 2009 00:00

Você nunca tinha treinado um time de fora do Rio de Janeiro. O que te trouxe à Bahia?

Estou aqui porque o projeto do presidente Marcelo me atraiu. Já tive desafios no Vasco, no Fluminense e esse é mais um. Eu gosto de desafios. Adorava quando era jogador e, agora, como treinador também.

 

Recebeu outras propostas?

Tive um convite para treinar o América do Romário e muitos de fora do País. Vim para o Bahia porque é um grande clube, que precisa voltar para seu lugar, a primeira divisão.

 

Você se arrepende de ter dito, em 1989, que a Bahia era “terra de índio”?

Isso é uma coisa que estão buscando no fundo do baú, que eu disse 20 anos atrás. Você nunca falou uma besteira? Se falei uma coisa de cabeça quente, peço desculpas.

 

Sua chegada recolocou o Bahia nos holofotes...

É, mas só isso não é suficiente. Eu saí do Rio, onde treinei dois clubes grandes, e estou vindo treinar outro.

 

Como estão as negociações para vinda de novos reforços?

Amanhã (hoje), temos uma reunião sobre isso. Os jogadores que o Bahia contratar vão chegar para nos ajudar. Mas faremos com os pés no chão. O torcedor pode ter esperança, pois montaremos uma boa equipe.

 

Já tem nomes?

Estou com uma lista de jogadores e o presidente tem uma também. Tenho nomes muito bons, mas não adianta falar de A, B ou C. Assim, criariamos uma expectativa que pode ser frustrada. Mas o torcedor vai gostar bastante das contratações.

 

Qual a importância que você dará às divisões de base?

A divisão de base é essencial, a salvação dos clubes do Brasil. Eu gosto muito de trabalhar com garotos e lancei vários tanto no Vasco quanto no Fluminense. Inclusive, tenho o hábito de fazer coletivos do profissional contra os juniores para avaliar os jovens. Eles terão atenção muito grande.

 

O goleiro Viáfara, do Vitória, disse que ganhar o Estadual é obrigação, já que o rubro-negro é o único time de Série A da Bahia. O que você pensa sobre essa declaração?

Acho que o profissional tem que ter na cabeça que tem que entrar sempre para ganhar. O Vitória acha que ser campeão é obrigação e nós pensamos assim também. Mas o campeonato não se resume a Bahia e Vitória. Todos os outros times também vão entrar para disputar o título.

 

Como você costuma tratar os jogadores baladeiros?

Não gosto de me meter na vida particular dos jogadores. Se estiver rendendo, vai jogar, mas, se não estiver, pior para ele, pois não vai jogar comigo. Não sou contra o jogador fazer festa, mas tudo tem a hora certa e não pode haver excessos.

Nesta temporada, o Bahia trouxe 46 jogadores e mandou vários embora. Com quantos você quer trabalhar?

No momento em que você tem muitos atletas no elenco, a quantidade se sobrepõe à qualidade e isso atrapalha o trabalho. Gosto de trabalhar com 25 a 28 jogadores, no máximo. Se tiver mais do que isso, você passa a ter muitos insatisfeitos no grupo.

 

O que mais te irrita no relacionamento com a imprensa?

Não me irrito, não. Sou um cara muito tranquilo e sei lidar com a imprensa. Só acho que temos que ser profissionais uns com os outros. Se for assim, vocês nunca terão problemas comigo.

 

Como você vai reagir se, um dia, for vaiado pela torcida?

O homem lá de cima não agradou todo mundo, não vou ser eu que vou conseguir. Mas eu tenho certeza de que esse casamento com a torcida vai dar certo.

 

Como você gosta de armar sua equipe? Em outras entrevistas, já disse que prefere um 4-4-2 bastante ofensivo, apesar de trabalhar também com o 3-5-2 e o 3-6-1.

A forma de um time jogar depende das peças que o treinador tem em mãos. É preciso ter planos A, B e C para mudar quando não estiver dando certo. Eu gosto que meu time atue de forma ofensiva, para cima. Mas isso vai depender muitos dos jogadores.

 

Você acompanhou o Bahia na Série B. O que conhece do atual elenco tricolor?
Conheço alguns jogadores. É importante que Bahia tenha conseguido manter uma boa base e valorizo o esforço do presidente nesse sentido. Vamos trazer jogadores de qualidade para se juntar a esta base já armada.

 

Você está ciente da atual situação do Bahia, com salários atrasados desde outubro? Isso não pode atrapalhar na hora das contratações?

Tenho a promessa do presidente Marcelo de que tudo isso vai se resolver, mas jogador não tem que vir para cá pensando em dinheiro. No momento em que eu pegar o telefone e os atletas que nos interessam ouvirem minha voz, vão confiar em mim e saber que nunca os traria para uma roubada. O dinheiro é consequência. Com as vitórias vindo, os salários vão estar sempre em dia.


Coletiva a imprensa transcrita pelo site ecbahia.com.br


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