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Rogério Ceni assume responsabilidade por título perdido e explica mudança após protesto da torcida

Autor(a): Redação Galáticos Online em 07 de Abril de 2024 20:00
Foto: Tiago Caldas/ECB

O Bahia ficou no empate em 1 a 1, diante do Vitória , neste domingo, e terminou o Baiano com o título de vice-campeão estadual. O time comandado por Rogério Ceni até iniciou bem a partida, mas sofreu um gol logo aos 13 minutos de jogo e precisou se reajustar. Após o gol de empate, que saiu aos 19, o Tricolor teve quase fez minutos de pressão até a expulsão de Rezende.

Durante entrevista coletiva após a partida, o técnico Rogério Ceni revelou que o Tricolor perdeu o título estadual nos detalhes diante de um adversário competitivo.

“Eu acho que hoje, com a expulsão, sofremos mais do que o normal, mesmo com muitas oportunidades de gol. Foi até um lance interpretativo, o árbitro deu sequência. E ficar com um a menos durante 70 minutos pesa um pouco em um dia como hoje. O Vitória é uma equipe muito competitiva, tem força de marcação no meio-campo. Nós tivemos boas oportunidades na soma das duas partidas, eles também. Mesmo com um homem a mais eles se postaram defensivamente e apostaram nos contra-ataques e transições para criar. Foram dois jogos bem equilibrados. É uma pena, sei que os torcedores estão tristes, também estamos. Queríamos conquistar esse primeiro título com o Bahia. Vamos bastante chateados para casa. A torcida lotou o estádio e foi nosso combustível. Mas repito, foram dois jogos muito parelhos, e perdemos por detalhes. Tomamos gols no final do outro jogo, nesse tomamos logo no início. Corremos atrás o jogo inteiro, mas eles foram mais felizes nas conclusões a gol somando as duas partidas - disse o treinador.

Rogério também explicou o motivo que levou ele a desistir de colocar Yago Felipe no jogo. 

“Na verdade iriam entrar os dois, tanto Yago quanto Ademir. Mas para arriscar um pouco mais ofensivamente, ia entrar o Yago e sair Thaciano, e o Caio [Alexandre] fez sinal de que já estava esgotado. Então eu ia botar os dois lado a lado e iria posicionar o Ademir do outro lado [esquerdo] para ter velocidade e manter o Everton ainda em campo. Como eu achei que o Thaciano aguentaria mais um pouco, eu voltei com o Thaciano para tentar manter o time um pouco mais ofensivo, botando o Ademir, mantendo o Everton Ribeiro e colocando o Thaciano como segundo volante naquele momento. E como o Thaciano suportou até o final do jogo junto com o Jean não houve a necessidade de colocar mais um homem de recomposição. Eu recuei na mexida porque achei que o Thaciano estava um pouco cansado para fazer o lado, e achei que não aguentaria até o final de jogo como segundo volante. O Ademir entraria junto com o Yago naquele momento, aí eu pensei em trazer o Thaciano para dentro e apostei em um mudança mais ofensiva. Se o Thaciano cansasse, quem entraria era o Yago no meio-campo".

O comandante assumiu a responsabilidade pelo título perdido, fez uma análise do estilo de jogo do time e citou o Flamengo, clube que comandou em 2020.

“Por característica sou um treinador muito ofensivo. Jogava no Flamengo com quatro “camisas 10” no meio-campo. O Diego era o primeiro volante, aqui o Caio Alexandre é o nosso primeiro volante. Agora, você não é defensivo no jogo porque durante 15 minutos você tenta fazer uma linha de cinco defensiva. Não conseguimos executar bem o que nós propusemos a fazer no primeiro jogo, não conseguimos fazer com que desse certo a proposta de jogo para manter o resultado que nos era favorável. A responsabilidade sempre vai recair sobre mim, o que acho completamente justo. Mas nós jogamos um futebol muito ofensivo, tentando propor o jogo. Eu sei que o mais importante não é a forma que você joga, mas os resultados que você tem. O título se sobrepõe a qualquer sistema de jogo. Se a gente tivesse executado de maneira correta o que escolhemos no último jogo, a gente poderia ter saído com um resultado melhor no Barradão. As circunstâncias do jogo nos deixaram em uma situação mais delicada, mas até o último lance tivemos a oportunidade de levar para os pênaltis”. 

Por fim, Ceni explicou os motivos que o levaram a trocar Juba pelo atacante  Biel.

“No jogo fora de casa eu tentei dobrar a marcação do Juba com o Rezende tentando evitar que o adversário construísse mais pelo lado direito. O Juba recompõe melhor do que o Biel, tanto que o Juba joga como lateral e o Biel como atacante. Hoje, precisando do resultado, achei que o jogo estava mais para o Biel. Fazer o um contra um, para atacar mais o interior e abrir o espaço para a ultrapassagem de Jean Lucas. Essa é até a situação do gol. Eu achei que para o jogo de hoje o Biel era mais útil, com talento de um contra um, drible e flutuação para chegar ao gol adversário. Lá no Barradão, o Juba foi um jogador mais de lado, de trabalhar mais perto da linha e dobrar a marcação com o Rezende, ele só foi para a lateral quando o Rezende precisou ir para o meio. Só saiu naquele jogo porque ele pediu por conta do cansaço, se não ficaria até o final”.


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