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Omar revela dificuldade antes do Bahia e revela: "Vendi queijo na praia e não tinha perspectiva"

Autor(a): Redação Galáticos Online em 13 de Julho de 2020 21:46
Foto: Divulgação/EC Bahia

Omar é cria da divisão de base do Bahia e foi um dos goleiros que fizeram parte do elenco do inesquecível acesso à Série A, em 2010. A equipe da Itapoan FM conversou com o atleta qu hoje passa por um momento difícil na carreira, está afastado dos gramados por conta de uma suspensão por dopping.

Relembrando sua chegada ao Tricolor da boa terra, o goleiro demonstra muito carinho ao falar de Newton Motta, que o levou para o Bahia.

“Quem me levou para o Bahia foi Newton Motta. Eu poderia ter uma oportunidade melhor, eu não pensei duas vezes e fui”, disse.

Ele ainda continua o agradecimento ao dirigente e também à mãe, que vendo o jovem filho vendendo queijo na praia, foi atrás de uma oportunidade para ele.

“Vendi queijo na praia, morava em Trancoso e tinha parado de jogar futebol em 2007. Eu passava o dia vendendo queijo e não tinha perspectiva, mas minha mãe me ajudou, ela conheceu um treinador lá em Trancoso, que conhecia seu Motta. Ele me levou pro Itaúna e de lá para o Bahia”, revelou.

A primeira oportunidade como jogador profissional chegou através de Renato Gaúcho, treinador que Omar guarda bastante carinho.

“O professor Renato Gaúcho foi quem me deu a primeira oportunidade no profissional, lá em Alagoinhas, contra o Atlético. Estávamos com 2 meses de salário atrasado, numa dificuldade imensa. Numa reunião com o presidente cada um expôs o que tava precisando, minha mãe me pediu um bujão de gás e eu não tinha como dar, porque não recebia salário, foi ali que o professor viu e e disse que ia me dar uma oportunidade”, falou.

Segundo ele, em 2012 ele fez sua melhor partida pelo Bahia. No empate por 1 a 1 com o Atlético-MG, ele foi eleito o melhor jogador.

“Foi meu melhor jogo pelo Bahia na Série A. O Atlético-MG tinha 40 jogos de invencibilidade na Arena e foi importantíssimo para nós aquele empate”

Sobre a saída do Bahia, ele garante que não foi por questão de salário ou briga com a diretoria da época, mas simplesmente porque o clube iria buscar novas peças para o clube e dar espaço ao pessoal da base.

“Infelizmente, na época o pessoal não fez uma oferta de renovação para mim. A diretoria da época disse que optaria por renovar a posição, foi quando o Jean subiu para o principal”, comentou.

Por fim, o goleiro fala sobre o momento delicado que está passando, mas afirma estar buscando forças e crê que a liberação ára jogar sairá em breve. Diz também que faltou apoio do Juventude, clube em que ele atuava e fala que não fez nada de errado.

“Acho que nenhum atleta imagina passar por isso. O atleta que se cuida, que usa suplementação não imagina isso. Todos os suplementos que usava, o clube tinha ciência. Mas graças a Deus tá tudo ficando as claras e as coisas vão ser resolvidas. O juiz que liberou João Ricardo, goleiro da Chapecoense e que teve o mesmo problema que eu, disse que ele foi liberado porque o clube apoiou ele. Infelizmente, o Juventude não me apoiou. É uma situação delicada, busco força em Deus e minha família. Sou um cara abençoado, nesse momento difícil Deus tem colocado pessoas para me ajudarem”, declarou.

Ele lembra da difícil situação que Renê passou, quando atuou no Bahia, em 2010 e diz entender o desespero  pelo qual o colega passou.

“Hoje faço ideia do desespero que Renê sentiu em 2010 quando foi suspenso. Naquela época atuei no lugar dele, e hoje vejo o que ele passou, algo assim sem estar planejado é muito difícil. É desesperador para o atleta passar por isso, não poder jogar”, completou.


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