O ex-técnico do Náutico Márcio Bittencourt apontou a falta de qualidade como o principal responsável pela má fase do time na Série A - é o lanterna desde a rodada passada. Para o atual treinador, geninho, o grupo até precisa de uma maior qualificação, mas é o aspecto psicológico que tem atrapalhado mais a equipe no momento.

Neste domingo, o Alvirrubro do Recife foi derrotado por 4 a 0 pelo Barueri, em São Paulo. Para o treinador, o time voltou a oscilar entre um e outro tempo e se deixou abater facilmente quando o contexto do jogo passou a ser amplamente favorável ao adversário. Ele acredita que as coisas só vão mudar quando os atletas mudarem de postura e passarem a adotar uma atitude mais positiva.

"Acho que o time esteve muito abaixo do que pode produzir. Pecamos muito, mais uma vez fizemos um primeiro tempo pior que o segundo. Começamos o jogo com o time muito preso, se preocupando apenas em marcar o Barueri. Não havia uma aproximação, quem tinha a bola não tinha opção. Demos um vacilo e acabou no lance que culminou com o primeiro gol e a expulsão do nosso jogador. Aí as coisas ficaram bastante complicadas. Temos que mudar muita coisa para mudar essa caminhada que tivemos até aqui", analisou o comandante alvirrubro.

O treinador afastou qualquer problema de relacionamento no grupo ou que alguma falha administrativa esteja influenciando no mau desempenho da equipe na Série A. Para ele, o problema mesmo é o que ele chamou de "carga psicológica pesada", que gera uma pressão maior do que os jogadores podem suportar.

"Nós estamos com uma carga psicológica muito pesada, o grupo está muito pressionado por todos. Quando a coisa começa dessa forma, fica difícil. As coisas só vão mudar com uma ou duas vitórias. Estão todos procurando fazer o seu papel, mas parece que todos estão correndo com um saco de cimento nas costas", declarou.